Wendell Miranda

A vida as vezes nos leva pra caminhos que nunca havíamos imaginado. Me lembro que não queria fazer a prova, já havia desistido mas as pessoas aqui de casa insistiram, resolvi fazer. As coordenadas que o Google Maps me deu estavam erradas, cheguei no local e era bem longe, já estava quase atrasado, peguei um moto taxi, que me cobrou os olhos da cara, e alguma coisa me disse "vai", eu fui. Confesso que fiz a prova 'a lá caralho', pois no primeiro dia tinha uma festa aqui em casa. No segundo dia fiz a prova com mais pressa ainda pois tinha um compromisso da faculdade. Depois disso esqueci totalmente da prova, não estava me importando tanto. Então quando vi minhas notas do ENEM me surpreendi, nota relativamente boa. Abriram as inscrições do Sisu, me inscrevi no curso que tanto amo, turismo. Não tinha ideia da segunda opção. Coloquei museologia, porque? Porque já tive aula disso e achei interessante, e conheço um museólogo do qual muito admiro. Mal acompanhei como estav

Nem sempre é fácil olhar para dentro de você mesmo. É ainda mais difícil quando você olha e não encontra as coisas que procura, ou pior, não encontra nada. As vezes penso que nós, seres humanos, sempre estamos insatisfeitos quando tudo está bem. Quando o namoro é ótimo reclamam porque faltam brigas, quando só brigam reclamam que falta amor, etc. E agora eu me pergunto: "E porque eu não estou satisfeito? Aquele emprego que eu queria me pertence, tenho bons amigos, vou a boas festas, conheço boas pessoas...", e o pior é que eu mesmo posso responder a essa pergunta. Existem duas coisas na minha vida que se eu não tiver eu nunca serei plenamente satisfeito, e elas andam juntas, tem a mesma importância. Uma delas é trabalhar naquilo que me dá prazer, a outra é constituir uma família boa, estruturada, sólida. Nos meus planos, ter filhos está antes dos 30 e casar antes dos 27. E ok, você pode falar "mas você ainda tem só 19 anos! Falta tempo!", e sim, você tem razão

Você já sentiu medo? Não estou falando de medo dos pais ou de agulha, mas medo não corresponder ao esperado, não conseguir, ou então, não superar as suas próprias expectativas. Hoje fui surpreendido por um telefonema que já esperava desde o ano passado (não pude evitar o trocadinho, rs) e com a quantidade de informações que comecei a processar na minha cabeça eu senti medo, daquele que a gente sente quando criança antes de pular de um muro relativamente alto. Desbravar o desconhecido nunca me assustou, e na verdade não assusta, o que assusta é a sensação de que você está no começo de uma caminhada que você sabe que não será fácil, que pra muitos significa pouco, mas você sabe que é muito, você pode explicar e ainda sim muitos não irão entender, mas você SABE. Você sabe mas não consegue explicar. Seria instinto? Deus? Não sei. E com um monte dessas perguntas rondando minha cabeça, a primeira coisa que me aparece ao entrar na internet é um post que se chama  Conselhos de um vencedor