Wendell Miranda

Não, não fala nada... Mas não cale a voz também, por favor. Pare de me olhar desse jeito, pare de ser uma pessoa tão enigmática e deixe que eu ache que consigo controlar a situação. Não quero falar de mim, quero saber de você, do que você pensa do mundo, do que você pensa da vida... E pare de ser tão interessante no pouco que fala! Não me faça ter vontade de ficar todas as vezes e porque mesmo eu quero ficar sempre?. Porque quero ficar quando com todas as outras pessoas eu só quero tomar um banho, falar que 'depois a gente se fala' e pegar o rumo de casa? Não seja essa pessoa tão culta, tão marota, tão vivida, tão segura, tão sensível, tão viajada, tão... Tão interessante! Deixe que eu sinta que consigo controlar tudo, que consigo não pensar se quiser, não ligar se quiser, não aceitar seus convites se quiser que assim seja. Não faça com que eu fique esperando um sinal de vida, um sms, um e-mail ou sinal de fumaça! Não me faça ter vontade de te apresentar pros meus amigos,

Tati Bernardi Vi isso no facebook e por acaso, pensei nisso hoje mesmo pela manhã quando vinha para o trabalho. A situação foi que tocou uma música que eu gosto/gostava muito, mas que tive que passar por alguns motivos, nem tão pessoais assim. Como as pessoas que leem meu blog devem ter percebido, amo música, ouço todos os dias. Quase sempre, o título dos meus posts são trechos de músicas. Tenho uma trilha sonora pra todos os momentos da minha vida, pra todos os sabores e amores, e todas, até bem pouco tempo, me traziam excelentes recordações. Talvez tenha sido por isso que eu sempre tenha insistido em usar da música para me expressar, para me fazer entender, para eternizar um momento, ou uma pessoa... Até que me ocorreu a situação de 'não posso ouvir essa música', não por me deixar triste, ou fazer com que eu queria ter uma recaída, ou nada similar, mas sim porque senti um vazio tão grande quando escutei determinada música que quase fez com que eu me sentisse oco por

"Tudo se transforma e as vezes perceber essa transformação é doloroso, e são as transformações mais dolorosas que devemos dar mais atenção. Existem algumas coisas que nós tentamos fantasiar, tentamos fazer com que se tornem mais bonitas aos olhos pois assim é mais fácil suportar, mas existem algumas verdades que são esfregadas na nossa cara, e mesmo que tentemos modificá-las, uma hora ou outra elas no pegam pelo braço, nos sacodem e se mostram exatamente da maneira que são, sem as máscaras que colocamos a todo instante enquanto podemos. Você fala, concorda e mesmo já sabendo de tudo, cada vez que as palavras são repetidas é como se recebesse um novo golpe, e quando você já está quase nocauteado alguma força te traz de volta a realidade e te mostra que não foi você que perdeu. Afinal, não foi você que perdeu a moral e o respeito dos colegas; não é você que está perdendo os poucos amigos verdadeiros; não foi você que desperdiçou  e deixou escapar o amor mais verdadeiro que encontr