Wendell Miranda

Nunca fui uma daquelas pessoas covardes no que diz respeito a 'pôr a cara à tapa' (aqui não incluímos coisas de coração, ok?), quer dizer, como não fui - e não sou - aquele modelinho de capa de revista, sempre fui fora dos padrões estéticos, tive que arranjar uma maneira de chamar atenção. Ser só inteligente não bastava, ser engraçado também não, tampouco bancar o 'melhor amigo'. Então, decidi que sempre me esforçaria para ser o melhor, o melhor em absolutamente tudo o que me metesse. E, consegui isso em muitas vezes. Sim, se sou o que sou hoje, devo isso as mulheres, porque foi por elas que me tornei a pessoa que sou, era pra chamar a atenção delas, era pra ser interessantes pra elas, era pra poder namorar com uma delas que vivi a vida inteira tentando não ser o cara 'capa de revista' mas sim o cara 'real e companheiro'. Mesmo tendo essa ideia muito bem traçada na minha cabeça desde muito novo, tudo aconteceu naturalmente... A graça é natural, o sorri

Viajar é sempre bom, mas é melhor ainda quando se está rodeado por pessoas bacanas, que estão afim de relaxar, se doar e se divertir. O Festival é bom, mesmo estando muito cheio no sábado, e a estrutura não ser lá essas coisas, mas ele atende no que se propõe: vender cachaça tipicamente brasileira. Muitos alambiques, onde a cachaça pura, que por vezes não encontramos por um preço acessível, lá era possível comprar doses a R$2,00 e garrafas a partir de R$10,00. E além das típicas cachaças, também haviam alternativas como a Chocopinga, o Frusel - que era o meu preferido... E claro, como era de se esperar, nós tivemos que experimentar tudo isso, e garanto que não fizemos feio! Fizemos tudo que se tem direito, desde de 'pim pa pow' até o já tradicional 'arriba, abajo, al centro e al dentro!'. E o Festival se seguiu, e as horas se passaram... E ainda assim, o melhor de tudo não foi o Festival em si, na verdade, esse nem se pode comparar a melhor coisa dessa viagem, po

Sonhei com você essa noite. Estávamos sentados em frente ao mar, anoitecia, víamos alguns barquinhos, no horizonte tinha o pão de açúcar e a toda hora passava uma avião por cima de nós. Logo reconheci, estávamos no nosso lugar. No lugar do nosso primeiro beijo. Não quis acordar, queria viver esse sonho mais um pouco... Lembrei de todos os motivos que me fizeram dizer adeus e, instintivamente, abri os olhos. Olhei para o celular e quis ver seu nome ali, com o típico 'Bom dia', mas não havia nenhuma mensagem sua, nenhum sinal de vida. Tive vontade de te ligar, pra saber se melhorou, pra ouvir sua voz... Fui tomar banho na esperança de que essa vontade fosse pro ralo junto com a água, mas isso não aconteceu. Senti saudade de nós, do nosso pouco tempo... Senti saudade da ansiedade de te encontrar no msn, de contar os segundos pro final do expediente quando ia te encontrar, do seu perfume, de bagunçar seus cabelos encaracolados, do seu cheiro, do seu gosto... Senti saudade de mim

Eu nunca tive muita sorte em relação a relacionamento a dois, e por diversas vezes (inclusive dessa) eu acho que o problema é comigo mesmo. Eu tenho essa mania de arranjar defeitos em toda pessoa que me relaciono, de fugir quando me envolvo, de achar que eu não sou bom o suficiente para estar junto dessa pessoa - ou vice versa... Sempre foi assim, e a história sempre se repetiu, da mesma maneira sempre. Então um dia (uma terça-feira - lembro bem) marcamos de nos ver depois do expediente. A ocasião incomum, a noite estava linda e você também... As luzes refletindo na água, o seu perfume... Tudo tão inesperado e tão sensacional! E o beijo, nosso primeiro beijo foi incrível! Foi uma situação nova e um sentimento que nunca antes havia vivido. Fiquei mais confuso ainda, pois eu (logo eu!) que sempre fui tão 'pé no chão'... Como pude me apaixonar por uma pessoa que eu nem sei o sobrenome? Mas de qualquer forma, aquelas poucas horas me fizeram sonhar durante dias. E depois disso, tud