Wendell Miranda

Hoje fiquei com vontade de agradecer a algumas pessoas que, por um tempo, tornaram minha vida mais leve e colorida. Senti vontade de mandar uma mensagem a cada uma delas, que viveram (ou despertaram) comigo algumas das lembranças mais bonitas que tenho. Não procurei nenhuma delas, pois ainda que não tivesse faltado vontade, acredito que tenho meus motivos para isso... Pode ser que eu seja mal interpretado, pode ser que alimente um interesse que não existe, pode ser que eu crie um mal estar com o novo namorado, pode ser que cause um transtorno, pode ser que seja ignorado... Então, resolvi apenas agradecer a cada uma delas mentalmente. Aquela velha frase, já até um pouco batida de "cada pessoa que passou pela minha vida deixou um pouco de si" faz todo o sentido quando eu percebo a pessoa que sou hoje. Não sei se sou um verdadeiro louco sonhador, um tanto quanto utópico, que acredita que existe amor em tudo na vida, mas eu consigo tirar ao menos uma coisa boa de tudo o que vivi.

Hoje reconheço que existem algumas mulheres que deveriam dizer exatamente essas palavras para mim. Por sorte, sempre tive mulheres muito bem resolvidas durante meu período de, digamos, iniciação sexual. Um brinde as mulheres seguras de si, que sabem impor suas vontades e desejos dentro de quatro paredes, no carro, no chão da cozinha, em cima da mesa de sinuca de madrugada no meio da rua, onde quer que seja! Mulheres bem resolvidas ensinam os homens a serem homens de verdade. A mulher bem resolvida pode até ser submissa na hora H se assim melhor lhe convier, mas ainda assim, ela sabe mostrar como deve ser feito para que ela alcance seu ápice de prazer. Mulheres seguras criam homens seguros. Mulheres seguras sabem mostrar para um cara que a transa é uma troca, e por isso, o ele também deve pensar nela. Mulheres seguras conhecem seu próprio corpo e não se  intimidam em orientar o cara que está na cama com ela, se necessário for. Mulheres seguras fazem o que querem. Mulheres seguras sabem

Hoje eu acordei com uma incômoda saudade de você. Não senti saudade de nós, nem dos beijos ou das noites mal dormidas, mas sim de você, pessoa. Hoje eu queria saber o que tem feito, por onde tem andado, pra onde tem ido... Hoje senti falta da sua ironia as vezes um pouco irritante, da sua maneira de fazer piada das coisas, das suas tiradas criativas. Hoje senti falta de falar com você sobre qualquer coisa, de ter sua "companhia" durante o trajeto de volta pra casa, de ter um "bom dia" todos os dias. Hoje senti falta de perguntar como você está, de saber como tá sua cabeça, de saber se tem alguma novidade, se as coisas estão correndo bem, se já teve a resposta que estava aguardando ansiosamente. Hoje senti falta da ansiedade de chegar a hora de te ver, senti falta da maneira que encaixava sua mão na minha, do seu sorriso meio dissimulado. Hoje senti falta do cheiro, da mania de falar coisas que me deixavam levemente enciumado, de ter alguém com quem eu quisesse estar

E por mais que tentemos negar, a gente sempre espera a ligação no dia seguinte. E chegamos a ensaiar as respostas, treinamos uma reação espontânea e nem um pouco surpresa, mas o telefone não toca no dia seguinte. A gente tenta convencer a nós mesmos que a partir de agora as coisas serão diferentes, que não nos importaremos e nem esperaremos mais nada, mas ainda assim não tiramos os olhos do celular. Mas porquê diabos não me liga? Porquê não diz que repensou tudo e percebeu que nós dois juntos somos muito melhores que separados? Porquê não volta atrás e diz que se enganou? Mas o telefone não toca, ninguém volta atrás, ninguém tenta reverter... E olhe só, o tempo passa... Aparecem outras coisas, outras pessoas, outros ares... E assim, dia após dia, semana após semana, passamos a esperar menos a ligação, começa a fazer menos diferença, até que já não mudaria nada em nossa vida, e de repente, simplesmente paramos de nos importar. Já não achamos que as coisas podem ser diferentes, já aceita

Quem nunca se enganou com relação a outra pessoa que atire a primeira pedra! É engraçado como as vezes que por mais que a outra pessoa seja o mais sincera possível conosco, nós simplesmente resolvemos acreditar e seguir a história que fantasiamos em nossa própria cabeça... E ai, normalmente, quem "se lasca" somos nós mesmos. E a culpa disso é nossa mesmo! Quando queremos muito que alguma coisa aconteça da maneira que julgamos ser melhor pra nós, costumamos enxergar coisas que não existem... Vemos atenção especial em simples "Bom dia"; interesse fora do comum em "como você está"; grande saudade em "podemos nos ver qualquer dia desses"... E então, de tanto enxergar as coisas da maneira que queremos ver, a outra pessoa simplesmente se cansa...  Não significa que ela cansou de nós, ela cansou da situação... Porque não? Uma vez que a outra pessoa nunca nos iludiu, é direito dela ir embora a hora que quiser, é direito dela não atender nossas ligações,

O ideal não é que encontremos alguém que mude a vida inteira por nossa conta, muito menos alguém que queira que mudemos a nossa vida por ela, na verdade mesmo, o ideal é encontrar alguém que queria ajeitar o mundo dela junto do nosso. Não precisamos de alguém que fique desconfortável em ter que escolher entre algo que quer fazer e estar conosco, mas sim alguém que procure uma maneira de nos inserir em seus planos. Precisamos de alguém que se sinta livre, que saiba que pode ir se quiser, mas mesmo assim, prefira ficar.  Precisamos de alguém que nos acompanhe pra comer comida japonesa mesmo detestando peixe cru mas se contente com o yakisoba, e fique feliz por compartilhar desse momento conosco. Precisamos de alguém que nos leve para uma churrascaria mesmo sabendo que somos vegetarianos, mas que tenha o cuidado de escolher uma que tenha um um buffet de saladas sensacional. Precisamos de alguém que respeite nosso gosto musical ainda que esse seja o que ela menos gosta, mas que tente desco

E quantas pessoas já passaram pela nossa vida? Quantas vezes conhecemos alguém que tivemos vontade de tornar parte da nossa história? Não tem uma explicação muito lógica para que isso ocorra, mas acontece algumas vezes na vida de todos nós. Qual a explicação para você ter ficado completamente encantado por aquela pessoa que você mal conhecia e não preenchia metade dos requisitos desejados? Ou então, porque de repente você se vê pensando de mais em um colega de trabalho que nunca havia enxergado com outros olhos antes? Mas, ainda mais estranho que a maneira como tudo isso ocorre de uma hora pra outra, já perceberam o quanto ficamos diferentes quando nos sentimos in love ? Subitamente começamos a imaginar uma vida a dois. Imaginamos como seria dormir e acordar com aquela pessoa, e gostamos dessa ideia. Temos vontade de apresentar pras pessoas que gostamos, começamos a inserir aquela pessoa completamente em nosso mundo e queremos que ela faça o mesmo. Imaginamos casa, pres

...  Then I'm gonna turn the other cheek and go  (♪)" Nesse domingo reflexivo, ouvi um pouco de Coubie Caillat, e então comecei a prestar atenção em em suas letras como nunca antes. Num primeiro momento, senti uma certa vontade de ter uma outra pessoa com quem pudesse compartilhar esse momento, alguém que eu pudesse abraçar, apoiar no meu peito e esperar que nossos corações começassem a bater no mesmo ritmo mas aí começou a música Shadow, e essa vontade meio que se dissipou. E porquê? Porque o que eu mais vejo por aí são pessoas que se contentam com migalhas. Há por toda parte gente que se anula em um relacionamento falido por ter uma enorme fobia de se ver só. Estar só não é problema quando se tem amor próprio de sobra. Assim como eu, tenho certeza que a maioria das pessoas tem, pelo menos, meia dúzia de pessoas que se dedicaria pela metade por nossa felicidade, pessoas que até servem para passarmos um tempo num domingo meio mais ou menos... Mas não é isso que precisamos, iss

De todas as coisas que a maturidade tem me ensinado, as que mais me agradam são começar a aprender a deixar meu orgulho um pouco de lado e a respeitar minhas vontades. Houve um tempo em que eu me cobrava de mais, com relação a tudo. Eu tinha a necessidade de sentir que eu era sempre o mais preparado, o mais rápido, o mais forte, o mais durão, o mais independente, o mais desapegado... Enfim, eu achava que deveria ser para as pessoas exatamente o que elas esperavam. Então para uns eu era o Wendell responsável, para outros o palhaço, às vezes o conselhoreiro e até o loucão que vira a noite numa festa insana... Mas quantas vezes eu já fui o conselheiro quando queria ser o bêbado? E outras tantas que fui o palhaço quando queria ser o antipático? São coisas que ninguém nunca me cobrou, mas por alguma forma eu sempre acreditei que precisava ser perfeito para que as pessoas quisessem estar junto de mim... E essa é uma das maiores bobagens que cometemos! Tenho certeza que o Wendell que eu quero

Os conservadores que me desculpem, mas perder a linha de vez em quando é preciso! A vida de adulto não é tão divertida assim quanto imaginávamos na adolescência. Apesar de trabalharmos e ter dinheiro pra fazer coisas que não conseguíamos quando mais novos, muitas vezes ficamos cansados e essa loucura perde um pouco a graça, mas... De vez em quando precisamos "perder a linha".  Sair sem destino, beber, dançar, beber mais um pouco, beijar a metade da boate, dormir com uma pessoa desconhecida que mal sabemos o nome, no dia seguinte acordar com uma leve ressaca, ir embora e nem sequer trocar telefone. Porque não?  Realmente acredito que essa não seja uma situação saudável a se fazer a longo prazo, mas as vezes precisamos dar uma pausa na vida real e viver essas coisas mais intensamente. Sem se limitar, sem se proibir, sem se preocupar.  Basta cuidar de nossa saúde mental e física, dessa forma, se quiser dançar, dance! Se quiser beber, beba! Se quiser beijar, beije! Se quiser tran

Você já parou pra pensar que nós somos os únicos responsáveis pela nossa própria história? Logicamente que não pretendo tirar o mérito dos outros grandes personagens que influenciam diretamente em nossa história, mas, ainda assim, quem a escreve somos nós! E a história de nós mesmos com certeza deve ser a nossa grande obra prima.  Pense em quanta história você já viveu, em quantos momentos magníficos já presenciou... E para tudo isso ter acontecido você teve que escolher. Todo dia fazemos sucessivas escolhas que mudam completamente o rumo das coisas.  Todo dia escolhemos fazer ou não uma ligação, mandar ou não uma mensagem, sorrir ou não para um desconhecido na rua. Pode parecer besteira, mas pense que se por acaso você não tivesse decidido ir ao mercado exatamente naquele dia você não teria conhecido o pai dos seus filhos, ou talvez, se você não tivesse desistido de sair com os amigos pra balada e resolvesse ir comer alguma coisa no restaurante perto de casa jamais teria conhecido aqu

Engraçado quando a gente pensa nas coisas que aconteceram na nossa vida e tudo parece fazer sentido. Acredito que nada é vão e toda história que vivemos deixa algo de bom em nós. Observando algumas situações que eu vivi e que presenciei, percebi que muitas vezes teimamos em procurar ser perfeitos para que passamos ser aceitos por todas as pessoas. Deixamos de postar uma foto de um momento incrível porque não estamos no melhor ângulo, deixamos de fazer uma piada com medo de parecer bobos, deixamos de brincar por medo que nos achem infantis... Quando na verdade as pessoas que realmente devem nos aceitar simplesmente nos aceitam como somos. Vejo uma geração que perde sua identidade a todo tempo, pessoas que deixam de ser elas mesmas para que possam agradar uma pessoa que julgam ser possivelmente o amor de suas vidas. E esse é um dos maiores erros que podemos cometer nessa vida. Não precisamos ser perfeitos para sermos felizes, precisamos apenas entender quem realmente somos, e quem tiver

Engraçado quando a gente pensa nas coisas que aconteceram na nossa vida e tudo parece fazer sentido. Acredito que nada é vão e toda história que vivemos deixa algo de bom em nós. Observando algumas situações que eu vivi e que presenciei, percebi que muitas vezes teimamos em procurar ser perfeitos para que passamos ser aceitos por todas as pessoas. Deixamos de postar uma foto de um momento incrível porque não estamos no melhor ângulo, deixamos de fazer uma piada com medo de parecer bobos, deixamos de brincar por medo que nos achem infantis... Quando na verdade as pessoas que realmente devem nos aceitar simplesmente nos aceitam como somos. Vejo uma geração que perde sua identidade a todo tempo, pessoas que deixam de ser elas mesmas para que possam agradar uma pessoa que julgam ser possivelmente o amor de suas vidas. E esse é um dos maiores erros que podemos cometer... Não precisamos ser perfeitos para sermos felizes, precisamos apenas entender quem realmente somos, e quem tiver que nos a