A intenção nunca foi fazer um blog de viagem. Sempre achei isso meio piegas, mas preciso tentar seguir o conselho de uma grande amiga e tentar registrar o máximo que puder.
Minha chegada na África foi bem tranquila. O entorno do aeroporto da Cidade do Cabo é similar ao do Rio de Janeiro e nunca passei tão tranquilamente por uma imigração. A sorte precisa ser nossa aliada em nossas viagens, mas em uma viagem como a minha, posso dizer que ela é bastante fundamental. Seguindo nessa linha de sorte, o uber que peguei do aeroporto para o hostel que me hospedei é um dos mais simpáticos que já vi, apesar de claramente ele não estar entendendo nada do que falei. Chegando no hostel, para minha sorte, uma das recepcionistas é brasileira, dessa forma, esse primeiro contato é muito mais facilitado, ainda mais quando se trata de uma cidade de costumes tão diferentes do que estamos habituados.
No primeiro dia eu basicamente quis dormir, e assim o fiz. Ou pelo menos tentei. Confesso que estar num hostel quando se está muito cansado não é a coisa mais agradável do mundo, mas essa é a proposta da viagem, não é?
No dia seguinte, começam as coisas habituais: internet para celular, andar pelo bairro, procurar mercado, padaria... Enfim, tudo aquilo que é necessário para que se viva em algum lugar por certo tempo, e nessa hora sentimos um certo receio, pois: não entendemos direito o que as pessoas falam e precisamos estar muito mais atentos a tudo; o mercado tem produtos muito diferentes do que estamos habituados a comprar; o mesmo vale para a farmácia; eu, que tenho um senso de localização péssima, fico mais perdido que o normal; mas assim vamos seguindo. Resolvo andar pelo bairro até a Water Front, que não é o tipo de lugar que eu gosto muito (coxinha de mais), andei até o Sea Point que me parece um local agradável para correr e praticar esportes, mas entrar no mar aqui é inimaginável para mim aqui nessa água gelada. Passei a manhã de sábado inteira andando pelo bairro e terminei a caminhada no Green Point Park.
Através do CouchSurging, eu conheci um venezuelano que tem uma casa aqui, então ele me convidou para passar o fim de semana com ele seus amigos. E com certeza, foi uma das melhores coisas que poderiam ter me acontecido aqui logo no meu segundo dia na cidade. Essa foto aqui é no caminho para o bairro Llandudno, que é um dos lugares mais bonitos que eu já vi na vida! Eles me apresentaram o tradicional Braai , que é uma comida típica aqui do país, parecido com o nosso churrasco. Me apresentaram também músicas locais e até me ensinaram a dançar. No fim da noite fomos para uma boate, que eu realmente não faço ideia de onde era ou o nome. Mas, perrengues são coisas que precisamos passar em toda viagem, e então dois deles começaram a brigar entre si, e uma das coisas mais agoniantes que podemos passar é estar "no meio" de uma discussão onde não entendemos uma palavra. Mas no fim das contas, tudo deu certo e noite terminou bem. Ou sem ninguém sangrando pelo menos, rs.
Meu domingo foi de ressaca, e essa é outra questão que precisamos aprender a ter quando se está num hostel: ressaca boa é ressaca em casa!
Amanhã começa meu curso, e ter conseguido me comunicar com os meninos ontem me deixa um pouco mais tranquilo hoje, mas confesso que o frio na barriga ainda é grande, mas de uma coisa eu tenho certeza: o álcool me deixa super comunicativo, caso eu não aprenda inglês da maneira tradicional, eu vou virar alcoólatra e meus problemas de comunicação estarão resolvidos, rs.
Vamos que está só começando.
Até breve (?)
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