Pular para o conteúdo principal

Esse negócio de sentimento é louco de mais.

Me deparei esses dias com um vídeo na internet que dizia algo como "amizade é um sentimento de conexão inexplicável. Pois tem pessoas que você passa a vida inteira do lado e nunca vira seu amigo, são apenas conhecidos... Já outras, as vezes você passou alguns dias durante umas férias e aquela pessoa vira sua amiga pra sempre, mesmo morando longe.". E aí fiquei refletindo que, para além da amizade, todos os outros sentimentos são meio que assim. Existem primos que temos muito mais conexões que outros que convivemos o mesmo tempo. Há também o apego sem sentido a um objeto, um álbum, um livro... E há pessoas que nos dão uma sensação de certo estranhamento pela forma como nos olham quando nos conhecemos.

E é estranho quando tentamos encontrar algum sentido para aquilo que estamos sentindo. Como assim essa pessoa chega como um furacão, dando choque quando nos toca, exalando tesão na gente e ao mesmo tempo dando uma paz danada quando nos abraça se há algumas semanas eu nem sabia quem era ela? Como pode essa pessoa que mal conheço de fato bagunçar todo meu planejamento de vida que eu venho construindo, acreditando e realmente satisfeito há tantos anos? Será mesmo que vale o risco?

São muitos os questionamentos que me fiz e sigo me fazendo. Colocando eu mesmo em perspectiva e fazendo uma análise de muitas possibilidades e desfechos diferentes. Será que o eu de dez anos atrás agiria diferente? E o eu adolescente? Bom, não me resta dúvidas que o eu de cada fase viveria isso de forma diferente, afinal, sinto que o passar dos anos vai me deixando menos intenso e mais racional - ou acomodado, ou covarde, não sei bem.

Eu tô me cercando de tantas perguntas e dúvidas nas ultimas semanas, que inclusive está mais difícil organizar minhas ideias. Quando comecei a escrever esse texto, por exemplo, estava certo de que havia muito o que ser escrito (e há), mas ainda tá tudo tão confuso na minha cabeça, e cada vez que reflito sobre se abrem tantos outros parênteses que até escrever está difícil.

Porém, o que posso afirmar é que sozinho o fato de me despertar essa vontade de escrever já significa que voltei a sentir. Que bom.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É dessas mulheres pra comer com dez talheres (♪)

Uma vez, quando eu era ainda mais moleque, uma certa pessoa me disse: "Rapaz, as mulheres não são todas iguais, como nada na vida é. Um Fusca e uma Ferrari, ambos são carros mas são muito diferentes um do outro. Com as mulheres é a mesma coisa, digamos que... Cada uma tem uma potência e um preço diferente, assim como os carros.". Desse dia em diante, eu passei a achar que mulheres são como carros. Ok, ok, entendi errado, mas deem-me um desconto, ainda era muito moleque quando me fizeram essa comparação. Cresci um pouco, achei que entendia mais da mulheres, e posso dizer que adquiri certa experiência com elas. Os homens tendem a se achar superiores as mulheres em um milhão de coisas, e buscam até embasamentos científicos para mostrar que elas são melhores apenas em tudo que está relacionado a cuidar do lar, dos filhos e do macho. Pobre desses homens. Mais pobre ainda as mulheres que ficam com esses homens. Mas enfim, com essa experiência que adquiri com mulheres, pude apren

“ – Porque nunca fica ninguém?

– Talvez seja por causa do seu coração aberto. – Como assim? – Ué, você não vê que as pessoas temem pessoas que amam demais? – Verdade, toda vez que enxergam meu coração eles temem, eles correm, as pessoas se assustam porque meu coração está sempre disposto a amar muito. – As pessoas temem ser amadas, elas temem o amor alheio, porque se acostumaram a amar pouco, e quem ama muito é chamado de louco. – E o que eu devo fazer, fingir que amo pouco? – Não, gritar que amam muito e esperar que o grito atinja outro coração disposto a amar em dobro. [Gustavo Pozzatti]       "Porque nunca fica ninguém?" Essa era uma pergunta que eu vinha me fazendo há um tempo, e ficava sempre na dúvida entre se era porque eu sou confuso de mais ou pareço leviano em excesso. Existe algo que faz com que as pessoas que conheço e me relaciono desenvolvam um afeto grande por mim bem rápido, e depois de um tempo, elas se vão, normalmente quando começo a abrir meu coração. Mesmo

Arrepiado, deixa o farol ligado, o vidro tá embaçado... (♪)

Tá bem frio hoje mesmo... Pois é, vamos dar uma volta? Ah, tô com preguiça... A gente sai só pra comer alguna coisa. Tô longe hoje. Eu te pego. Pega?!?? Tô brincando... Tá brincando? Que pena. Mas sério, te busco em algun lugar. Pode ser então. Onde vamos? Não sei... O Rio no frio me deixa sem ideias. Tá com fome? Não. Cerveja? Não... Hnm... Vamos então encostar o carro e ver a lagoa? Pode ser! Já parou aqui antes? Não... Lindo né? Uhum. Que bom que finalmente aceitou meu convite... Você nunca convidou... Você sempre fugia antes que eu chamasse. É... Olha pra mim... Fala. Me beija. "Dentro do carro, O cinto já tá de lado, O rádio tá ligado, Aumenta o ar condiconado..." Eu gosto dessa música. Eu também. Bem sugestiva. Verdade. Eu acho q... CALA A BOCA! "Arrepiado, Deixa o farol ligado, O vidro embaçado, O banco ta encostado." Pera, tá muito calor. Você não estava reclamando do frio? Mas agora tô suando. Tira a camisa... Não, as pessoas lá fora podem ver. Com esses vi