Escrever para você agora é um pouco mais complicado, porque antes, até bem pouco tempo aliás, quando éramos meros "instantes" eu simplesmente não me importava, e por essa razão, poupava-me do cuidado com as palavras para não correr o risco de ser interpretado erroneamente.
Eu poderia também escrever na terceira pessoa, e assim talvez o texto parecesse um pouco impessoal, e então, de certo, seria mais fácil. Mas não quero essa tal facilidade, não quando pela primeira vez alguém faz com que eu seja eu mesmo, e não tenha o menor medo de mostrar aquilo que realmente sou, e veja só, até minhas fraquezas as mostro sem grandes receios para você.
Então, resolvi hoje escrever para você. Escrever de verdade, diretamente, sem me esconder atrás da terceira pessoa do singular, sem precisar inventar nenhuma história. E o melhor, é que dessa vez eu sei que você vai ler, porque pela primeira vez, encontrei alguém que lê esse um monte de coisas sem sentidos que escrevo por aqui. Então, voilá!
Já ouvi e vi muitas histórias onde o improvável acontece, dizem também que quando menos esperamos é que algumas coisas acontecem, pois bem, todos eles têm razão, e hoje eu tenho certeza disso.
Te conheci num dia bem improvável, num dos poucos dias em que eu estava completamente fora do meu "habitual", num dia em que me inspirei nos Tribalistas e segui o lema "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". Dormimos juntos na primeira noite, e lembro bem que ainda naquela noite eu pensei que nunca mais teríamos nada, afinal, "o que pensará de mim?", mas naquele dia, eu não me importava! Pela primeira vez, eu simplesmente não me importava. Mas aí, que no dia seguinte eu não quis vestir a roupa e ir embora, eu quis ficar. E esse instante soou estranho. E então, passamos a ser uns instantes... Instantes um tanto quanto interessantes.
E a partir de então, vieram muitas conversas por WhatsApp, muita praticidade espontânea, muita conversa agradável, um jantar, uma noite quente mal sucedida por conta do meu porre de vinho, um samba, uma visita inesperada no meio da madrugada...
E continuando com a história do "não sei bem como aconteceu", eu me acostumei com sua presença.
Tem dias que sinto saudade.
Gosto do beijo com gosto de café.
Dormir com você não me incomoda.
Acho lindo seu rosto pela manhã (ou quase de tarde) com seus olhos esverdeados e seu cabelo liso meio bagunçado.
Aprecio seu abraço e seu corpo "esbelto" que quase some quando envolvo meus braços em você.
Quase enlouqueço quando sua boca percorre meu corpo e aprecia meu sexo.
Algumas coisas me acontecem e eu tenho vontade de contar para você.
Acho bonitinha sua preocupação contida, mostrando cuidado sem invadir o limite de até que ponto quero falar naquele momento.
E como já disse, tem dias que até sinto saudades.
Você tinha razão quando disso que "acho que não somos mais só instantes. Mas quem sou eu para pitaquear seus textos?", bom, acredito que por ser a razão do texto, tenhas plenos direitos de pitaquear o quanto quiser neles.
Não sei como será amanhã, não sei o quanto esses momentos ainda irão se repetir, mas agora, a única coisa que posso lhe afirmar é que apesar do amanhã ser incerto, existe um grande respeito, carinho e admiração.
E então, novamente, espero que vivamos outros momentos juntos.
Até breve (?)
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