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Eu vou te namorar e você vai achar que eu tenho um dom (♪)


Uma vez ouvi em algum lugar que se duas pessoas tem que ficar juntas, elas acharão o caminho de volta de uma pra outra. E quanto mais o tempo passa, mais tenho essa certeza dentro de mim.
Alguns chamam de carma, outros de destino, outros de coincidência, eu chamo de VIDA!
E como já bem deve saber (ou pelo menos deveriam), a vida não é um mar de rosas. Um dia estamos amando loucamente e no outro choramos feito uma criança quando perdemos algo de que gostamos muito. As vezes temos uma sintonia inexplicável com alguém, mas esse alguém nos decepciona ou as coisas simplesmente parecem conspirar contra para que essa relação evolua. Nesses momentos parece que o chão se abre debaixo de nossos pés, e que às vezes o desejo de mergulhar de cabeça e acabar de vez com esse sofrimento é maior que a vontade de seguir em frente.

Quando a gente se apega muito a alguém, e depois nos afastamos, nós ficamos assim mesmo... Sem chão, sem rumo, sem vontade de seguir nossa rotina normalmente. Os dias parecem sempre cinzas, sentimos o cheiro da pessoa por todos os cantos, tudo nos faz lembrar! A saudade dá um nó no peito, o corpo começa a sentir falta do abraço, do aconchego... Mas nem sempre isso significa que as coisas chegaram ao fim. Nesses momentos nós precisamos fazer as pazes com essa distância que nos incomoda, nos acalmar, respeitar o espaço do outro e lembrar sempre que amor não se pede. Precisamos dar um novo rumo para a vida e realmente ocupar a mente com coisas que dão sentido ao nosso novo estilo de vida, ainda que temporário.

As vezes precisamos apenas de um tempo para organizar as coisas e colocar em ordem o amor que sentimos por alguém, porque se for pra ser, ACONTECE! Se for pra voltar, voltará melhor do que antes. Se for pra duas pessoas ficarem juntas de novo, nada vai atrapalhar ou torcer contra. Alguns términos são apenas um "até logo", e enquanto isso precisamos viver a vida sem criar grandes expectativas. Precisamos vestir nosso melhor sorriso, reforçar o amor próprio e dar uma chance para nós mesmos. Se for pra acontecer, o amor voltará ainda mais convicto, com o peito aberto e transbordando carinho.

E então você resolveu retornar, em mais uma dessas tantas idas e vindas nossas, que já até perdi as contas (e sabemos bem que memória não é o meu forte). E há dias em que me irrito com você, e outros que morro de saudades tuas. Como isso pode ser possível? Hoje é mais um desses dias em que eu te procuro nas lembranças e nos lugares onde fomos felizes os dois. Saio por aí e percorro os trajetos que serão para sempre só nossos, mesmo quando não estávamos juntos, e a conclusão que chego é que você está por toda a parte. Desde as ruas da (minha) cidade maravilhosa, na estrada de terra de Minas Gerais, até as paredes brancas do seu apartamento que podem contar parte da nossa história. Na mala sempre levo fragmentos seus comigo que me fez apaixonar um dia, e a esperança de que vai estar lá, no mesmo lugar, para onde eu volto sempre.

Sempre haverão aqueles dias em que eu vou tocar tua companhia, e tu saberá exatamente que sou eu do outro lado da porta através da intensidade do toque e da forma com que verás minha sombra através do vidro granulado da porta. E aí você vai abrir a porta com o sorriso, o beijo e o convite para que eu entre novamente, na sua casa e na sua vida. Você me perguntará se eu estou bem e eu, que não dizer que não, sorrirei enquanto reflito sobre a possibilidade de que talvez possamos ficar juntos para sempre.

O problema (ou solução, ainda não sei bem) é que tu me conhece muito bem para entender que me perco em sorrisos cada vez que estou perto de você. E mais que isso, conhece os meus silêncios e sabe de cor cada pensamento meu, e o significado de cada careta minha, e é também por isso que você me irrita. Mas o que eu sei mesmo é que por mais que a gente tente se manter afastados um do outro por algum tempo, algo faz com que nossas linhas nunca se tornem paralelas e se cruzem para sempre, mesmo quando eu não te procuro ou quando tu não procura a mim. É inevitável. Até nos dias em que te odiei, gostei sempre pelo menos um pouquinho de você, porque foram nesses dias que vi que ainda havia tanto de ti dentro de mim. Podemos fugir de tudo na vida, mas não podemos fugir daquilo que alguns chamam de destino... E é no momento em que trocamos olhares que eu desejo que tu me agarre a mão e se lembre do que é nosso. Acredito que há um propósito para cada pessoa que cruza nosso caminho e que um dia tudo fará sentido, aqui ou em qualquer parte do mundo... Afinal, o amor nunca falha. Não é isso que dizem?

E por isso que eu decidi viver junto de você, porque com um só toque tu me faz sentir tudo. Decidi viver com alguém que me abraça por trás e não se cansa do meu corpo, mesmo que seja todos dias. Que quer descobrir cada traço meu e os ama. Que eu sinto que com o passar dos anos, a pouca beleza que restar continuará a ser mais bonita no seu olhar, como no primeiro dia.
Decidi que viverei com alguém que está do meu lado e que está disposto a transformar tudo o que parecia ser um problema em degraus de vitória. Alguém que acredita que o tempo é uma forma maravilhosa de mostrar que algo valeu a pena. Alguém que não consegue dormir sem antes falar comigo, alguém que a cada dia tem mais curiosidade em me conhecer e em saber como foi meu o acordar, que aceita o meu mau humor e que muitas vezes até o ache engraçado. Alguém que provoca um ciuminho saudável, que respeita minha individualidade, liberdade e vontade de independência.

Acima de tudo, escolhi viver com alguém que me beije quando se despede mesmo que eu esteja em sono profundo, alguém que encontro de dia e quando percebo já está escuro sem nem sentir o tempo passar. Alguém que toca suavemente meu pescoço até que meus olhos se fechem automaticamente, sem saber o porque ou motivo daquela sensação. Escolhi viver com alguém que sabe me tocar e me arrepiar, e que me prova, com cada gesto, que não vale a pena separar dois corpos e corações que se querem tanto.
E foi por isso que te encolhi, Tauchert.

Até breve (?)

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