Passam a vida inteira dizendo que a gente precisa amadurecer, de tanto que falam e de tanto que vivemos, isso acontece mesmo, cada um a sua maneira, mas acontece. Mas as pessoas nos falam que o processo de amadurecimento é estudar, se formar, conseguir um bom emprego, se sustentar... Mas esquecem de falar que amadurecer não é só isso. Amadurecer é aprender a ir embora, mesmo quando ainda há amor. É desejar partir e parar de dar corda para algo claramente sem futuro. É dar chancela para o coração sentir medo e não ter vergonha de admitir isso. Amadurecer é dizer o que sente sem se justificar, principalmente quando as justificativas existem somente para nos proteger dos julgamentos alheios. Amadurecer é procurar paz, caso venha acompanhado de um amor, melhor ainda! É procurar calma na maneira de amar, reciprocidade nas atitudes e sensibilidade nas palavras. Ser maduro no ato de amar é conservar a liberdade do outro sem pedir nada em troca, é poder, sim, sentir um pouco de ciúmes, mas controlar a impulsividade. É discutir muitas vezes e querer jogar quem nos acompanha pela janela do quinto andar, mas com a ponta dos dedos desenhar um carinho na mão do outro, pois, convenhamos, ser feliz é muito mais gostoso do que ter razão. Amadurecer é olhar para o passado sem sentir como se a dor ainda fosse inédita. É sofrer com propriedade e por muitos momentos sentir-se sozinho em um mundo que cobra tanto que sejamos outras pessoas. E entender, ou fingir que entendemos, que a solidão é um contato diário com a coisa mais bela que carregamos conosco; o nosso íntimo e desorganizado interior. Amadurecer é abrir a cabeça em momentos que pedem empatia, é pensar antes de falar e não dizer tudo o que vem à mente. Amadurecer é compreender que autoestima é ter segurança de falar sobre as suas inseguranças. É ser triste, feliz e maluco, tudo no mesmo dia e não se trucidar por isso. É também não julgar os nossos desejos sexuais, nem se sentir estranho por carregarmos conosco encantadoras imperfeições.
Acredito que passamos tempo demais procurando a tampa da nossa panela, aquela pessoa que vai chegar de repente e se encaixar como se tivesse sido feita para nós. Alguém que goste das mesmas músicas, que tenha lido os mesmos livros, que tenha amigos em comum, enfim, que seja uma pessoa pronta para se acomodar na vida que já estamos acostumados a levar. O que acontece é que, na verdade, este é um dos principais motivos de tantas panelas ainda estarem vagando abertas por aí. Pode ser que você não encontre alguém com os mesmos gostos musicais que o seu, que assista as mesmas séries, ou que tenha lido os mesmos livros… Mas também pode ser que você encontre alguém disposto a conhecer esse seu mundo, e a te mostrar que o mundo dela também tem coisas bonitas que você ainda não conhece. Não é estranho não ser do mesmo tamanho. Estranho é não querer se encaixar. Às vezes, esperar tanto pela tampa exata, irá fazer com que você passe a vida inteira com fome de amor.
Então por isso, vem cá! Não foge de mim quando eu estiver louco de saudade mesmo se a gente tiver se visto há 2 dias atrás. Minha saudade é estranha mesmo e sem explicação. Vem cá, deixa eu esfregar meu pescoço na sua barba um milhão de vezes no mesmo dia porque isso me traz paz. Vem cá, você mesmo que tava passando por aí e mexeu com meu coração distraído. Vem e faz do meu peito seu abrigo, do meu colo travesseiro e da minha vida a sua. A nossa. Eu sei que assusta, mas vem cá... É que eu nunca vivi nada tão intenso na minha vida assim. Então não foge, não. Fica, me diz que é sim. Pra esse sentimento tão lindo que se formou. Diz que é sim pra gente. Diz que é sim pra mim. Vem cá, mas vem sem medo de ficar. A gente sabe que “ficar” é muito subjetivo, mas só hoje vamos deixar de lado a realidade. Deita do meu lado, me deixa te olhar e me apaixonar por você. Por três dias. Ou sei lá, talvez pela eternidade. Diz que a saudade apertou, que você não aguentou e vem cá. Entra por aquela porta e me dá um beijo doce, que fica salgado por causa das lágrimas. Das suas e das minhas. Da nossa história que ganhou mais umas linhas. É que eu sou assim: intenso pra caralho, me prendo nas minhas próprias paranoias que ganharam um motivo extra recentemente. Eu não vou ter vinte e poucos anos pra sempre. Na próxima copa eu já vou estar perto de ‘trintar’, mas eu quero que se foda o hexa, a copa e o menino Neymar, se tu disser que vem, se tu disser que vai ficar. Eu tô te esperando pra continuar vivendo uma das coisas mais insanas da minha vida e que só fazem sentido com tu, guri. Por isso que eu tô aqui, lembrando da foto que eu tirei vendo você dormir e, enquanto sua barba acariciava meu pescoço, tua presença enchia meu coração de paz. Mas me desculpe se eu extrapolo as vezes, e se te incomodei... Era só saudade.
Até breve (?)
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