Em um primeiro olhar, a missão da religião é o bem comum, o amor a Deus, a nós mesmos, a família, ao próximo e a natureza, com seus clássicos ensinamentos sistematicamente dogmatizados. Que resumindo o produto final, seria a salvação celestial da alma humana. Mas tudo o que a religão me ensinou é bem diferente disso. Neste mar existem muitos espinhos em forma de ensinamentos divino. A religião nos ensina princípios, que nos levam a acreditar em um Deus, que se não seguirmos os seus mandamentos, normas e regras seremos severamente punidos. É um Deus que se denomina nosso pai, mas não admite ser contrariado e pior ainda, não nos ama se não o amamos de volta e sobre todas as coisas. Ou seja, é vingativo e rancoroso. Se o nosso Deus é vingativo “segundo a religião”, pois mata povos inimigos a ferro e fogo, ainda se necessário usa água, manda filhos desobedientes para o inferno para saborear a sua deliciosa vingança. Pergunto-me: como nós não seremos vingativos? Diz o ditado “um exemplo vale mais que mil palavras”. E o exemplo pregado é cheio de lições criativas de vinganças... Não sei, mas acho que o perdão é a cereja do bolo, decoração e não a essência da religião (apesar de malandramente a religião fingir isso!).
O Deus da religião é um deus que precisa ter o ego acariciado regularmente, ou melhor, o tempo todo! Precisa ouvir palavras bonitas, do tipo “o senhor é único Deus verdadeiro, todo poderoso, Deus dos deuses, nosso porto seguro, sem ti não somos nada, venha a nós a sua ou vossa glória” e por aí vai… Precisa receber provas de amor, pois mesmo ele sendo: ONIsciente, ONIpresente e ONIpotente, ainda assim, ele precisa ter certeza do nosso amor incondicional. Mas será? Ou a religião nos faz acreditar nisso para seus ganhos?
Religiosamente, Deus é ciumento e gosta de ser o único galo do galinheiro. Seria cômico se não fosse trágico. Pois a prática religiosa de evangelizar (como é carinhosamente chamada), que na verdade é uma imposição de crenças, dogmas e estilo de vida, não permite a convivência de outros deuses senão o nosso. Que é único e verdadeiro, por isso, pessoas que não acreditam em nosso Deus devem ser convertidas e se resistirem devem ser mortas para purificar o mundo, certo? Pelo menos é isso é o que a religião nos ensina! Ciúmes puro e sem mistura. Se nosso Deus, nosso criador e pai é assim, quais as possibilidades de sermos diferentes? Arrisco responder: nenhuma. Por isso a sociedade é esta loucura de ciúmes, que nos leva a profundeza da vida rasa.
De acordo com a religião, para que Deus nos abençoe, ou no linguajar religioso, “derrame sobre nós, bênçãos sem medida”, precisamos dar para ele nossa vida, sacrifícios, dízimos e tudo mais que ele desejar para que em troca nós recebamos as tão cobiçadas bênçãos. E se você não tem recebido bênçãos, talvez você não tenha dado todo o valor necessário para receber tal benção. Pare tudo e entenda comigo: O que é isso se não corrupção? Essa que pode ser entendida como: Efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos. Ou ainda como: O resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio. E agora, me responda o que acontece no dia a dia da religião? Por isso a sociedade religiosa é um tsunami de corrupção de valores. Lobo em pele de cordeiro.
Ao acreditar que apenas nosso deus é o único e verdadeiro, nos fechamos para a vida também. Em vez de nos conectarmos com os outros e aprender mais sobre sua vida, religiosidade e muito mais, queremos forçar os outros a acreditarem no que acreditamos. Isso no mínimo gera briga e chegam em proporções de guerras ou ataques que são chamados de terroristas pela mídia e por políticos. Se levarmos a cultura da história única para outros campos da vida, fora da religião, como acontece hoje em dia, percebemos como isso é grave e perigoso.
A religião é indiferente aos grandes problemas sociais e em muitos casos ela piora os mesmos problemas com os seus dogmas. Perpetuando a segregação, a manutenção do poder e muito mais. Prova disso é a incessante luta da religião com a ciência, a luta de poder com a política. Alguns explicam até que a fome, doenças, catástrofes ambientais e qualquer má sorte que perdura uma comunidade, é falta de… Deus! Ironicamente, os países mais assolados por esses problemas, são também os que mais suplicam ajuda a deus...
A religião trabalha mais com o medo do que com o amor. Por isso, vende a ideia de paraíso, descrevendo o inferno. Pior ainda, ao estilo mafioso, criam os problemas para propor soluções. Fazem-nos acreditar que religião é sinônimo de Deus, que é sinônimo de bondade. Mas vendem uma imagem de um Deus ciumento e pode se tornar um serial killer se contrariado, que escolhe com critérios que só ele entende, que cobra muito, oferece pouco, protege seletivamente, pune quase que coletivamente. Tudo para fazer crer que precisa-se de religião para ser uma pessoa melhor melhor.
Por incrível que pareça deu certo. A sociedade acredita que precisa de religião para ser melhor. Quando a única coisa que religião cria são fiéis.
“Eu sou contra a religião porque ela nos ensina a nos satisfazermos ao não entender o mundo."
- Richard Dawkins
Até breve (?)
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