Arquivo confidencial.

Sempre me sinto muito estranho quando leio meu blog, muito mesmo.
Talvez seja porque a vida de um adolescente (tá, sei que já sou 'maior' mas a maioria do arquivo do meu blog se passa entre 16 e 17 anos) seja extremamente conturbada e os sentimentos vivam oscilando, mas como as coisas mudam, e rápido!
Durante praticamente todo o ano passado falei sobre um tal amor impossível, e um dia eu achava que tudo daria certo e no outro dizia que 'tudo havia desmoronado', até que no final do ano, houve aquele gran finale típico das grandes histórias de amor. Uma grande história merece um grande final.

E eu fui ler meu blog fechado que não é atualizado muito tempo, e era basicamente a mesma coisa.
E também meu flog (pois é, eu tive um). Mas lá era BEM infantil mesmo, um baú de bizarrice e textos sem nexo, época de Camila...

Tantas e tantas vezes já pensei em excluir meu antigo flog e deletar meu blog fechado. Mesmo hoje não tendo a necessidade de escrever algo que ninguém possa ler, não tenho coragem de fazer isso.
Meus blogs, meu orkut... Guardam minha história, minhas fotos, minha vida.
Minha biografia pré-adolescente, adolescente e pré-adulto (isso existe?) está toda narrada nesse mundo da internet, que tem o paradoxo de aproximar pessoas distantes e distanciar pessoas próximas...

O fato é que hoje quando li algumas coisas, achei estranho que o sentimento que eu sentia por algumas pessoas já é totalmente diferente, os sentimentos eram sinceros e intensos na época, mas passaram, e por diversos motivos diferente...

Percebi também que meu filling pra escrita fica mais evidente quando estou com sentimentos por alguém, seja paixonite, atração, vontade... Enfim, quando estou realmente envolvido com alguém.
E eu estarei sendo redundante se falar que quero alguém, porque eu sempre quero, mas talvez eu não faça por onde.
Quero lembrar de alguém quando ouvir uma música de amor nova, quero ter vontade de ir ao cinema com alguém especial, quero ter vontade falar sobre o futuro com alguém... Mas não consigo deixar quase ninguém chegar até esse lado tão pessoal meu. Não duvido nada que amanhã ou depois eu vá escrever aqui que adoro essa vida de solteiro.


Mas de fato tem uma hora que a gente cansa de ir à caça e no final ficar sozinho.

Saudade do tempo que se falava de sentimentos por aqui.

Até breve (?)