"Pela janela do quarto vi o primeiro sinal de que estava por vir uma tempestade e por essa mesma janela vi nascer um dia cinza, ao longe árvores a perder de vista e por entre elas, algumas poucas casas. Ouvi cair os primeiros pingos d'água, que logo caiam aos montes e com esse mesmo ouvido ouvia músicas de melodia leve, daquelas que se parecem com cantigas da infância e nos trazem paz e um bem estar que dá vontade de fechar os olhos e sorrir.
Debrucei-me na janela, observei o movimento sincronizado das arvores, fechei os olhos e inspirei a maior quantidade de ar que pude, senti cheiro de infância, lembrei dos banhos de chuva e guerras de lama com meus primos, senti saudade de pisar na terra molhada, mesmo assim, sorri.
Deitei na minha cama, daqui consigo ver o céu e algumas arvores, e por incrível que pareça, nunca tinha me dado conta da sorte que tenho de ter uma paisagem dessas simplesmente abrindo os olhos. Então dei uma atenção especial para a minha cama, lembrei das coisas que já passei sobre ela, de compartilhá-la com todo o prazer do mundo com meus amigos, de quantas vezes já dormi sem poder me mexer muito para que eles - na medida do possível - se sentissem confortáveis, de como ela é o melhor lugar do mundo quando eu estou cansado, dos grandes prazeres que já senti em cima dela e das vezes que me senti tão triste que quis que ela me engolisse, mais uma vez, sorri.
Prestei atenção na música que tocava, ouvi sua melodia, absorvi sua letra como um conselho do homem mais sábio, e ela dizia 'ser capitão desse mundo, poder rodar sem fronteiras, viver um ano em segundos, não achar sonhos besteiras, me encantar com um livro que fale sobre vaidade, quando mentir for preciso poder falar a verdade', de fato, sábias palavras.
Pensei em Deus e fiquei feliz por não querer estar em qualquer outro lugar que não seja aqui, no meu mundo particular.
Acabo de ouvir 'não durma antes de sonhar'. Já sonhei hoje, e ficarei sonhando, olhando pela janela, até adormecer."
Debrucei-me na janela, observei o movimento sincronizado das arvores, fechei os olhos e inspirei a maior quantidade de ar que pude, senti cheiro de infância, lembrei dos banhos de chuva e guerras de lama com meus primos, senti saudade de pisar na terra molhada, mesmo assim, sorri.
Deitei na minha cama, daqui consigo ver o céu e algumas arvores, e por incrível que pareça, nunca tinha me dado conta da sorte que tenho de ter uma paisagem dessas simplesmente abrindo os olhos. Então dei uma atenção especial para a minha cama, lembrei das coisas que já passei sobre ela, de compartilhá-la com todo o prazer do mundo com meus amigos, de quantas vezes já dormi sem poder me mexer muito para que eles - na medida do possível - se sentissem confortáveis, de como ela é o melhor lugar do mundo quando eu estou cansado, dos grandes prazeres que já senti em cima dela e das vezes que me senti tão triste que quis que ela me engolisse, mais uma vez, sorri.
Prestei atenção na música que tocava, ouvi sua melodia, absorvi sua letra como um conselho do homem mais sábio, e ela dizia 'ser capitão desse mundo, poder rodar sem fronteiras, viver um ano em segundos, não achar sonhos besteiras, me encantar com um livro que fale sobre vaidade, quando mentir for preciso poder falar a verdade', de fato, sábias palavras.
Pensei em Deus e fiquei feliz por não querer estar em qualquer outro lugar que não seja aqui, no meu mundo particular.
Acabo de ouvir 'não durma antes de sonhar'. Já sonhei hoje, e ficarei sonhando, olhando pela janela, até adormecer."
Rio, 11/10/2011
06:08 a.m.
Até breve (?)
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