Vamos falar então sobre o carnaval!
Tem corrido pelas redes sociais um pensando bem interessante a respeito da folia momesca, que é o seguinte: "Carnaval é bom pra todo mundo", e é mesmo!
Sou suspeito para falar, pois essa é a época do ano que eu mais gosto, afinal, as pessoas ficam mais felizes, são 4 dias de confraternização, de alegria, de colocar a fantasia e se deixar levar.
E aí que junto de toda essa animação carnavalesca, vi também coisas do tipo "Brasil vai comemorar o Carnaval à beira do abismo", e a única coisa que eu pensei quando li isso foi "SANTA BABAQUICE!". O carnaval tem que ser comemorado SIM, e não acho isso só porque eu gosto da data, mas porque sei da importância que eu sei que essa data tem para a CULTURA do nosso país.
Em algum momento por acaso os Estados Unidos deixou de comemorar o Dia de Ação de Graças ou o Halloween? México já deixou de comemorar o Dia dos Mortos? A Alemanha deixou que a crise européia fizesse com que a Oktoberfest deixasse de acontecer? A Tomatina da Espanha sempre ocorre, independente do que aconteça no país... Sabe porque? Porque faz parte da história local, é parte da identidade deles!
Ainda que alguns não gostem e não queiram admitir, mas sim, o carnaval é uma das maiores marcas do Brasil para o mundo, e diz muito a respeito da nossa cultura.
Nosso carnaval é identidade, é raiz! Cada canto do país tem um carnaval diferente e todos são muito importantes, geram muita receita e visibilidade da nosso país e cultura mundo a fora!
A cidade de Fortaleza tem seis polos carnavalescos pulsantes, entre eles a Praia de Iracema e a Avenida Domingos Olímpio, por onde desfilam agremiações como o Maracatu.
O Carnaval de Floripa é tipo “coração de mãe”. Sem preconceitos nem restrições, recebe de braços abertos quem chega para festejar do jeito que bem entender. Tem desfile de escola de samba, festas pelos clubes da cidade, além de blocos carnavalescos passando de um bairro a outro e levando consigo uma penca de foliões e simpatizantes.
Na terra do Boi-Bumbá, o Carnaval não poderia ser uma festa longe de suas raízes culturais. Por isso, Manaus decidiu misturar a batida carnavalesca com as toadas de Parintins para criar o Carnaboi. Na região norte do país, não tem para mais ninguém. E até os arqui-inimigos Garantido e Caprichoso deixam a rivalidade de lado para aproveitar juntos.
Quem decide pular o Carnaval em Diamantina precisa de preparo físico: são 24 horas de folia durante os cinco dias de festa entre as ruas estreitas e os casarões antigos da cidade. De dia, a animação fica por conta dos blocos caricatos, e à noite quem comanda são as duas famosas batucadas: a Bartucada e a Bat Caverna, na Praça do Mercado Velho, que chega a reunir mais de 15.000 pessoas por dia.
Se você gosta das tradicionais marchinhas, São Luís do Paraitinga é o seu lugar. E pode até chamá-los de radicais: lá, é totalmente proibido tocar axé, funk e pagode – mesmo que seja na garagem de uma casa alugada. Este é inclusive o primeiro – e o segundo – item dos 10 Mandamentos do Folião da cidade.
Quem também aboliu o axé e o samba do seu Carnaval foi Olinda. Em Pernambuco, o povo só dança ao som do frevo e do maracatu. Entre as dezenas de blocos que desfilam pelas ladeiras da cidade, os principais atrativos são os famosos bonecos gigantes vestidos com as mais diferentes e criativas fantasias. No Enquanto Isso na Sala de Justiça, por exemplo, são heróis como o Homem Aranha que estão à frente da festa.
O público universitário – que anda tão aclamado hoje em dia – tem lugar cativo na festa de rua de Ouro Preto. Os blocos das repúblicas de estudantes dançam no embalo do axé por essa cidade histórica. E os mineiros também herdaram do Carnaval baiano o uso de abadás para a folia, que se esgotam muito rápido.
O Rio de Janeiro dispensa apresentações, o maior e mais glamouroso carnaval do mundo, que é apreciado e visto por pessoas dos 4 cantos! Mas nem só de Sapucaí é feito o Carnaval do Rio de Janeiro. Toda a cidade entra no clima da festa nessa época, e as ruas são tomadas por blocos e bandas – são mais de 400 esse ano, desfilando sua animação pela zona sul e pelo centro – que atraem centenas de milhares de pessoas.
Para Recife, quantidade é qualidade – pelo menos no que diz respeito ao Galo da Madrugada, o maior e mais famoso bloco carnavalesco do mundo (devidamente registrado no Guinness Book). Todos os anos, são mais de 1,5 milhão de foliões pulando ao som de muito frevo atrás do galináceo imponente, no alto de seus 27 metros e pesando mais de 2 toneladas. E quem prefere trio elétrico, pode se esbaldar com mais de 20 a sua escolha, além de palanques com cantores e grupos musicais.
Impossível falar de Carnaval de rua no Brasil sem dar devido valor a Salvador, onde trios elétricos com os maiores artistas da música baiana vão e vêm em um rodízio frenético pelos três principais circuitos da cidade – Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Barra Avenida-Campo Grande) e Batatinha (Centro Histórico). Seja com abadá, como “pipoca” ou nos camarotes, é tudo imperdível. Apesar do sucesso inegável das musas Ivete Sangalo e Claudia Leitte, os mais procurados (e caros) são Chiclete com Banana e Asa de Águia. Mas para quem gosta de blocos carnavalescos, a cidade também não deixa nada a dever, com Timbalada, Eva, Coruja e companhia.
E então, pode-se perceber a importância desta data para o Brasil? O quanto a festa é democrática e faz parte da IDENTIDADE de cada região?
E por isso é o que eu digo, quem é de pular, pula. Quem é de beijar, beija. Quem é de amar, ama.
Carnaval é democrático, vista sua fantasia (ou não) e se jogue na folia (ou não).
Agora me dê licença que preciso colocar meu bloco na rua!
É carnaval meu povo! Volto segunda!
Até breve (?)
Comentários
Postar um comentário