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Despedidas.

Quando a gente vai crescendo, vamos percebendo na lei natural da vida. É aquela história que desde sempre nós ouvimos, achamos que estamos preparados, mas na verdade, nunca estamos.
Com o passar dos anos os problemas tendem a piorar, mas não é nada que não possamos resolver, nós nos acostumamos.
E também com o passar do tempo, pessoas entram e saem da nossa vida, mas é normal. Os caminhos que a vida toma não são iguais pra todos, e vamos nos adaptando a certas ausências de alguns amigos que pouco a pouco se distanciam. A esse tipo de ausência já havia me acostumado.
Mas nunca antes na vida tinha levado um amigo ao aeroporto.
É estranho ter um amigo arrancado assim tão rápido.
É estranho ver um amigo partir e não saber ao certo quando verá novamente.

Não estou dizendo aqui que a amizade acaba, pois distância nada tem haver com amizade.
Mas é diferente quando seu amigo está por perto. Pois mesmo que não se vejam diariamente, sabe-se onde encontrá-lo, caso precise de um abraço, sabe onde achá-lo.

Ver um amigo entrar por aquele portão de embarque e estranho porque você fica com uma coisa irritante entalada na garganta e parece que você está dando a permissão para seu amigo ir, e você não quer que ele vá, ele não pode ir!
Mas ele precisa ir.
A vida tem dessas armadilhas, e cabe a nós somente nos acostumar.
Essa é a primeira de muitas situações parecidas que passarei, ainda mais na profissão que quero seguir, e acho que essa sensação que eu sinto de estar 'deixando' alguém ir embora nunca mudará, pois meus amigos são parte importante de mais pra mim.

Assim com há a despedida, há o reencontro.
E eu espero ansiosamente por esse dia.
Como já disse o brilhante Milton Nascimento:

"Tem gente a sorrir e a chorar,
E assim, chegar e partir...
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida.
A hora do encontro é também de despedida.
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar..."

Até breve (?)

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