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Dizer. Escrever quando necessário.

Escrever sempre me serviu de válvula de escape.
Seja aqui, ou no MEU caderno (MEU caderno, acesso único e exclusivamente MEU, prossegue...), sempre fui melhor 'desabafando' escrevendo do que falando.
Tenho alguns grandes amigos, amigos de verdade, mas ninguém me entende como minhas próprias palavras, não quero que isso soe egoísta ou seja interpretada como uma afirmação 'auto suficiente', pelo contrário, por vezes pensei e ainda penso que só há uma explicação para que eu prefira desabafar com letras do que com pessoas: tenho um grave problema de comunicação, tenho pavor em parecer fraco, e até com meus amigos eu tenho esse bloqueio, vai saber porque.
O fato é que hoje, bom, hoje não usei letras.
Ao voltar pra casa a pé, muitas coisas aconteceram, muitas coisas foram faladas, e como raramente acontece, eu resolvi falar abertamente sobre determinado assunto delicado, com uma pessoa que eu acho que deveria saber.
Falei abertamente sobre isso, sobre como foi quando fiquei sabendo, sobre como me senti quando as pessoas começaram a comentar, sobre como me senti quando coloquei a cabeça no travesseiro, e principalmente, sobre como eu encaro isso hoje.
Estranho falar isso com alguém depois desse tempo. Estranho falar tudo e ouvir tudo sinceramente, sem máscaras, pudores ou medo de falar o que realmente pensa.
Muitas pessoas deram opinião, umas sensatas, outras nem dei atenção, mas hoje, com a cabeça no lugar e vendo toda a história do camarote, meus pensamentos só se confirmaram, e sejamos sinceros, pessoas mais velhas SEMPRE sabem o que falar, pelo menos ela sabia, viveu coisa parecida.
"Cara, isso passa..." , eu sei que passa, inclusive já está passando.
Mas o grande valor que o dia de hoje me trouxe foi ter me relembrado que papéis nunca substituirão pessoas, ainda bem que lembrei disso a tempo.
Obrigado, não sabe o quanto me fez bem essa conversa, um desabafo que estava entalado na garganta faz tempo.

Até breve (?)

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