A vida nos ensina novas coisas o tempo todo. Todos os dias quando acordo, penso como um mantra que preciso fazer, pelo menos, uma pessoa sorrir, isso faz com que eu sinta que meu dia valeu a pena. E todos os dias, antes de dormir, eu reflito a respeito do que eu aprendi nesse dia, isso faz com que sinta que ainda vale a pena viver.
Das poucas coisas que aprendi nesses vinte e poucos anos, uma delas foi saber respeitar o sentimento dos outros e, principalmente, valorizar aqueles que se importam comigo.
Existe um trecho num livro, que é um dos maiores clássicos literários de todos os tempos, que diz o seguinte: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.", mas infelizmente nós, réles seres mortais e imperfeitos, simplesmente não conseguimos dar conta de tudo aquilo que cativamos. As vezes por falta de tempo, de jeito, ou simplesmente falta de vontade de mesmo.
Já ouvi dizer também que, "quem cria expectativa gera frustração", tá certo, por até ser, mas o qual seria a graça da vida se não tivéssemos expectativas? Porque viver se não ansiássemos pelo dia de amanhã? Ou pelo próximo feriado? Pela próxima reunião importante? Sim, eu crio expectativas, e ainda que muitas vezes isso me traga algumas frustrações, eu não deixo que isso me abale tanto porque penso que a vida é exatamente isso, um montanha-russa de sentimentos e emoções, onde caímos do ponto mais alto para o mais baixo em frações de segundos.
Esse ciclo vicioso se repete inúmeras vezes enquanto vivemos, e é um pouco cruel de nossa parte querermos cobrar das pessoas exatamente o que damos a elas.
Afinal, ninguém é obrigado a gostar de nós da mesma maneira que gostamos delas. Não se deve cobrar amor, sentimentos, atenção ou qualquer coisa desse tipo, mas ainda assim, existem duas coisas muito importantes que devemos sempre procurar ter com aqueles que se importam conosco: respeito e consideração.
Vamos lá, cortar o dedo dói, dar uma topada dói, cair da escada dói, terminar um relacionamento dói bastante, nos magoar verdadeiramente com alguém, nos rasga inteiro.
É engraçado como a gente aprende a identificar o que sentimos de acordo com nosso comportamento. E isso eu falo por mim! Quando estou com raiva, quero discutir, procurar uma justifica, berrar e sei que logo isso passa. Quando fico aborrecido, preciso beber alguma coisa. Quando fico estressado, tiro os óculos e coço a cabeça. Quando fico magoado, me calo.
É importante entender que ninguém tem a obrigação de ficar conosco quando a vontade é de partir. Devemos deixar as portas e janelas sempre abertas, que é para que entendam que se quiserem ir, que assim seja feito, e dessa forma, ficará somente aqueles que realmente queiram compartilhar de algo conosco.
E na verdade, por mais que possa parecer estranho, não me incomoda e nem me arrependo de tudo o que fiz, porque eu dei o melhor de mim, então, o problema não é meu. Tenho minha consciência tranqüila de que eu fiz o que julguei certo e se não deu certo, bola pra frente.
Mas, ainda assim, acredito que deva haver a mínima consideração com todos aqueles que doaram uma fração de seu tempo para nós. E quando isso não acontece, podemos até nós sentir um pouco frustrados, mas, sinceramente? Se não passamos de uma ou duas noites de sexo para alguém - que julgávamos ser importante, não interessa a impressão que ela terá de nós. Não para é ela que devemos ser melhor, não é ela que merece nossas melhores intenções e atenções. Quando a mágoa vem, o vazio que fica é estranho, porque, simplesmente deixamos de nos importar, porque percebemos que não devemos dar importância com quem não se importa, é simples como uma conta básica de adição.
Quando estamos com raiva, queremos jogar na cara da pessoa o quão escrota ela foi conosco, mas quando estamos realmente magoados, nós apenas tomamos aquilo, engolimos a seco e damos um passo adiante, deixando isso verdadeiramente para trás. E então, não dói nem um pouco a ausência, não é difícil ignorar e deixar de seguir as redes sociais, sabe porque? Porque existem algumas atitudes, por menores que sejam, que nos mostram o quão desimportantes somos para alguém. E na vida, é importante que a recíproca seja verdadeira. E ai, até as boas lembranças, aquelas que "apesar de tudo" gostávamos de ter, perdem seu valor. E nós também nem nos importamos mais de saber se ela também lembra de nós, porque não importa! Não mais. Porque de uma hora pra outra, fica bem claro que fomos apenas um jogo, apenas mais um que teve na cama por um tempo e que foi tão importante quanto o cara que conheceu na boate ou em um app qualquer.
E ai... A gente segue! Sem raiva, sem sentir um pingo de culpa ou remorso, porque se não somos merecedores de, sequer, um pingo da consideração de quem quer que seja, essa pessoa, sem dúvidas, não merece um segundo do nosso tempo.
De uma saudade que eu gostava de ter, você se transformou na lembrança que quero esquecer.
As coisas mudam o tempo todo.
Até breve (?)
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