Pular para o conteúdo principal

Me prova, me enxerga, me sinta, me cheira e se deixa em mim...

... Me escuta no pé do ouvido, todos teus sentidos que afetam os meus, que querem te ter, que tu me escreveu, e mais uma vez... (♪)


Foi no começo da folia, bem no começo... Da despretensiosa noite em que não esperava muita coisa além de trabalhar, conseguir beber um pouco e esperar amanhecer para voltar a trabalhar na manhã seguinte... E parafraseando Marisa Monte: "E no meio de tanta gente eu encontrei você" , Eu até agora não consigo lembrar bem se eu foi que te encontrei ou se foi tu que me encontrou, mas de fato foi um baita encontro, o melhor e mais surpreendente de todos até então. 
Não lembro de como se deu o encontro mas lembro perfeitamente de como foi o beijo... Daqueles que faz com que esqueça tudo a volta, daqueles que nos tiram do chão, daqueles que nos faz querer sempre ficar um pouco mais.
E ai, logo eu, que não esperava nada, que não queria nada, me vi ali com você... E realmente querendo estar ali. Depois tiveram outros beijos, outras pessoas... Mas nada foi igual, nada foi sequer parecido.
E então te encontrei de novo, e naquele dia eu sabia que não conseguiria nada que me fizesse melhor. 
Mesmo sabendo que seria bem cansativo, eu queria poder estar mais junto de ti, e por isso estendi da maneira que pude nosso primeiro encontro... E ainda bem que fiz isso! Me senti estranhamente bem na volta, mesmo bastante cansado, mesmo tendo que ir trabalhar logo em seguida, mesmo tendo que terminar aquele encontro nas escadas do prédio.
E tu não sabe o quanto me fez bem aquele dia.

Depois vieram outras pessoas, outras bocas, mas nenhuma foi igual.
Nenhum beijo foi como o seu, nenhum abraço era como o seu, nenhum sotaque era como o seu... E, também não lembro quem enviou a mensagem primeiro, mas ela veio. E veio cheia de ansiedade, e de vontade de reencontro. E ainda ali, de novo no meio de tanta gente, de novo no meio da folia, teu beijo fez com que parecesse que estávamos a sós, em mundo completamente nosso, completamente particular. Sua mão encaixava na minha de uma forma estranhamente singular, teu abraço cabia no meu como se tivessem sido feitos sob medida. Me senti bem confortável novamente andando ao seu lado pelas ruas de Ipanema, tão bem quando me senti uns dias antes andando com você pelo entorno sambódromo. Chegamos no seu apartamento...
E tu não sabe o quanto me fez bem aquele dia.

Depois vieram outras pessoas, outras bocas, mas nenhuma foi igual.
A ansiedade e a vontade de te rever eram tão grandes que realmente achei bem estranho. Mas acabou o carnaval, e achei que todo o resto teria acabado ali também.
Mas não. Porque o simples fato de pegar um avião e estar mais próximo de você (ainda que longe) me fizeram pensar em tudo o que tu me trouxe de bom no período de folia momesca.
E mandei mensagem, e tu mandou outra...
E você disse que voltaria pro Rio em breve.
E tu não sabe o quanto me fez bem aquele dia.

Depois veio a ansiedade contida, a vontade de falar todos os dias, o receio de parecer chato, mas a reciprocidade parecia genuína, mesmo sabendo que, provavelmente tu fosse querer curtir seus dias de folga aqui e que talvez nos víssemos uma ou duas vezes... Mas isso seria o suficiente, porque, como foi todas as outras vezes, eu sabia que tu me faria um bem que nem sabia que fazia,
E então, o seu "cheguei no Rio" me fez sorrir tão espontaneamente que até as outras pessoas perceberam.
As horas demoraram a passar, me senti novamente um pouco adolescente, um pouco sem saber como agir, me olhando no espelho de cinco em cinco minutos, com frio na barriga quando estava descendo o elevador, e quando te vi... Não sabia bem o que fazer e então você repousou sua mão na minha perna...
E tu não sabe o quanto me fez bem naquele dia.

Depois chegamos na festa. Encontrei com uns amigos e você, mesmo sem conhecer ninguém, conseguiu ser unanimidade com todos eles. Se divertiu, dançou e, esteve o tempo todo por perto. Ainda que, por querer que você sentisse confortável para fazer tudo o que quisesse durante seus dias de férias, eu insistisse durante todo o tempo que você podia andar se quiser, tu ficou por perto, porque quis estar por perto... O beijo que tanto esperei durante tanto assim que entramos na festa foi ainda melhor do que eu lembrava. A noite foi tão incrivelmente divertida que mal percebi ela passando. Fomos embora juntos, e perceber que estávamos compartilhando juntos desse momento me fez rir sozinho algumas vezes. E até seus leves tremeliques enquanto dorme foram estranhamente bons.
E tu não sabe o quanto me fez bem naquele dia.

Depois, fomos pra outra festa.
Te encontrei com um sorriso lindo, a blusa molhada e uma cerveja na mão. E com o mesmo beijo daqueles dias de carnaval. Entramos e lá dentro cada minuto que passamos juntos foi extremamente prazeroso. Do começo ao fim. Apesar de estar com um leve ciume, disse para ficar à vontade, e fiquei bem aliviado quando você respondeu que "estava de boa" e me abraçou em seguida.
Dormimos juntos e eu pude aproveitar essa onda mágica que acontece nessas festas.
E tu não sabe o quanto me fez naquele dia.

Depois, eu queria muito poder ter um lugar em que eu pudesse ir e lembrar de você sempre que a saudade batesse. Fomos para um dos lugares com a melhor vista do Rio de Janeiro. Fomos presenteados com um dia lindo, sem, muito sol, mas incrivelmente prazeroso. Mais uma vez você foi unanimidade entre meus amigos. Que feitiço é esse que você tem?
Mas ainda antes deles, você já era unanimidade para mim.
Naquele dia, eu comecei a ver que tu além de alguém que me faz bem é alguém especial.

Depois, em sua última noite aqui, eu estava bastante cansado, e mesmo assim eu precisava te ver de novo. E eu não queria sair de perto em nenhum momento. As horas passaram voando e eu adiava a minha despedida como se isso evitasse que tu realmente fosse. E eu não consegui ir embora... E conhecer seus amigos, e ver a forma como eles te olhavam e como em todas as histórias que eles contaram me fizeram crer que tu tens um coração de ouro... 
E de novo pude te ter em meus braços, sentindo seus leves tremeliques e evitando ao máximo cair no sono para poder apreciar mais esse momento e essa sensação.
Acordamos e minha vontade de fazer você ficar não deixou que eu me despedisse como gostaria.
Fui embora.
Mas tu não sabe o quanto me fez bem naquele dia.

E é isso que eu quero que você saiba, que tu me fez um bem que nem imagina.
Que agora, de novo, sinto aquela sensação estranha, como se adolescente fosse, com aquela ansiedade pelo próximo encontro, com aquele riso besta... Com aquela vontade de se jogar, de querer apostar as fichas, de querer dar uma reviravolta na vida e começar tudo de novo, com um novo ponto de partida, novos horizontes e com vontade de fazer acontecer.

Tu não imagina, mas não sabe o bem que me fez todos esses dias.

"É tão singular a habilidade que eu tenho em montar um arsenal de clichês pra te encantar,
na intenção de te fazer não esquecer que eu nunca vou parar de te chutar a noite inteira,
mesmo se você brigar... Eu te enlaço e não me permito soltar, pro nosso nós não deixar de ser assim: tão singular...
É tão particular o meu encontro quando é com você! 
O meu sorriso quando tem o teu pra acompanhar, as minhas histórias quando você para pra escutar
A minha vida quando tenho alguém pra chamar...." (♪)


Até breve (?)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É dessas mulheres pra comer com dez talheres (♪)

Uma vez, quando eu era ainda mais moleque, uma certa pessoa me disse: "Rapaz, as mulheres não são todas iguais, como nada na vida é. Um Fusca e uma Ferrari, ambos são carros mas são muito diferentes um do outro. Com as mulheres é a mesma coisa, digamos que... Cada uma tem uma potência e um preço diferente, assim como os carros.". Desse dia em diante, eu passei a achar que mulheres são como carros. Ok, ok, entendi errado, mas deem-me um desconto, ainda era muito moleque quando me fizeram essa comparação. Cresci um pouco, achei que entendia mais da mulheres, e posso dizer que adquiri certa experiência com elas. Os homens tendem a se achar superiores as mulheres em um milhão de coisas, e buscam até embasamentos científicos para mostrar que elas são melhores apenas em tudo que está relacionado a cuidar do lar, dos filhos e do macho. Pobre desses homens. Mais pobre ainda as mulheres que ficam com esses homens. Mas enfim, com essa experiência que adquiri com mulheres, pude apren

“ – Porque nunca fica ninguém?

– Talvez seja por causa do seu coração aberto. – Como assim? – Ué, você não vê que as pessoas temem pessoas que amam demais? – Verdade, toda vez que enxergam meu coração eles temem, eles correm, as pessoas se assustam porque meu coração está sempre disposto a amar muito. – As pessoas temem ser amadas, elas temem o amor alheio, porque se acostumaram a amar pouco, e quem ama muito é chamado de louco. – E o que eu devo fazer, fingir que amo pouco? – Não, gritar que amam muito e esperar que o grito atinja outro coração disposto a amar em dobro. [Gustavo Pozzatti]       "Porque nunca fica ninguém?" Essa era uma pergunta que eu vinha me fazendo há um tempo, e ficava sempre na dúvida entre se era porque eu sou confuso de mais ou pareço leviano em excesso. Existe algo que faz com que as pessoas que conheço e me relaciono desenvolvam um afeto grande por mim bem rápido, e depois de um tempo, elas se vão, normalmente quando começo a abrir meu coração. Mesmo

Arrepiado, deixa o farol ligado, o vidro tá embaçado... (♪)

Tá bem frio hoje mesmo... Pois é, vamos dar uma volta? Ah, tô com preguiça... A gente sai só pra comer alguna coisa. Tô longe hoje. Eu te pego. Pega?!?? Tô brincando... Tá brincando? Que pena. Mas sério, te busco em algun lugar. Pode ser então. Onde vamos? Não sei... O Rio no frio me deixa sem ideias. Tá com fome? Não. Cerveja? Não... Hnm... Vamos então encostar o carro e ver a lagoa? Pode ser! Já parou aqui antes? Não... Lindo né? Uhum. Que bom que finalmente aceitou meu convite... Você nunca convidou... Você sempre fugia antes que eu chamasse. É... Olha pra mim... Fala. Me beija. "Dentro do carro, O cinto já tá de lado, O rádio tá ligado, Aumenta o ar condiconado..." Eu gosto dessa música. Eu também. Bem sugestiva. Verdade. Eu acho q... CALA A BOCA! "Arrepiado, Deixa o farol ligado, O vidro embaçado, O banco ta encostado." Pera, tá muito calor. Você não estava reclamando do frio? Mas agora tô suando. Tira a camisa... Não, as pessoas lá fora podem ver. Com esses vi