Já perdi as contas de quantas vezes comecei a escrever algo de madrugada, resolvi termina no dia seguinte e acabei desistindo.
Olhei nos rascunhos do blogger e tinha exatamente oito textos que comecei a escrever e resolvi deixar pra depois, e acabei não postando por achar que o que estava escrito já não condizia com o que estava sentindo.
As madrugadas são um pouco ingratas, não tem meio termo, é oito ou oitenta. Não existe nada muito indiferente nas madrugadas, a escuridão do quarto, somada ao frio do ar condicionado e a cama vazia fazem com que nossos sentimentos se aflorem muito mais, e nos faz querer dizer coisas que, provavelmente, não estarão mais tão sentidas assim na manhã seguinte.
Já fazia algum tempo que vinha pensando a respeito disso e, por acaso, essa madrugada escrevi uma mensagem que achei que tinha enviado, quando acordei pela manhã, fui ler o conteúdo e fiquei aliviado por não ter enviado...
Porque de noite nossa saudade é maior. Porque de noite nosso coração é mais quente. Porque de noite nosso corpo fica mais frio. Porque de noite nosso braços imploram por outros abraços.
E por isso, percebi que a melhor alternativa tem sido ir pra cama somente quando estou de fato caindo de sono, sem me dar tempo de refletir sobre tudo o que aconteceu e tem acontecido.
E mais uma vez, mesmo agora, as duas horas da tarde, eu prefiro não falar ou escrever muito a respeito, afinal, quem não é visto não é lembrado, e escrito também...
Mas acredito que agora essa será uma nova filosofia de vida: Não existe quase nada que queiramos escrever para alguém as 02 da manhã que não possa esperar pela manhã seguinte. Se ao acordar a vontade permanecer, sinal que esse sentimento resistiu a madrugada e está em nosso coração. Caso contrário, pode ser apenas nosso coração nos pregando uma peça junto com nossa carência que fica aflorada nessas horas.
Até breve (?)
Comentários
Postar um comentário