... Sem teus carinhos e tua atenção,
o nosso amor se transformou em "Bom dia".
O amor morreu, depois de tanto agonizar, entre altos e baixos, após idas e vindas da UTI, ele veio a óbito.
O quadro clínico em que o amor se encontrava veio evoluindo gradativamente, os sintomas foram aparecendo um a um até chegar no fatídico dia de seu falecimento.
Ele adoeceu um pouco no dia em que se viu sozinho quando não queria estar.
Ele adoeceu mais um pouco quando foi pego de surpresa em uma festa.
Ele adoeceu mais ainda quando a rotina se quebrou.
E assim foi sendo, entre a gradativa piora de saúde, ele as vezes reagia um pouco quando chegava uma mensagem, recebia um email, uma ligação...
Até o dia que viu as fotos. O amor foi posto a prova, viu na sua frente tudo o que há tempos ele não queria ver. O amor deu de frente com seu irmão gêmeo, na verdade, ele percebeu que ele era bem fraco diante de tudo aquilo que se mostrava bem ali a sua frente. Ele lembrou que enquanto ele se amava sozinho, do outro lado havia um amor bem mais forte porque ele era compartilhado. E nesse momento sua respiração foi ficando cada vez mais lenta, sua visão foi escurecendo, ele viu aquele famoso filme que tantos falam passar por sua cabeça, como uma história que ele sente que viveu sozinho, até que seu coração parou de bater.
O amor morreu, e desde então, tudo a sua volta tem sido bastante superficial.
Aquele que caminhava junto do amor não vê mais muito sentido em fazer as coisas que ele fazia antes.
As mensagens já não são esperadas, a saudade já não aperta, o corte seco já não dói mais, a atitude já não é esperada, a voz já não acelera o coração, os sonhos já não acontecem, as músicas já não fazem sentido, a ansiedade já não existe, o coração já não acelera...
Ah o amor... Sinto certo dó desse rapaz!
Sempre nasce na hora errada e infelizmente ele não sabe se cuidar sozinho.
Ele precisa ser alimentado constantemente para crescer e se fortificar, e isso as pessoas sabem fazer muito bem. Mas infelizmente elas param por aí.
Quando o amor se mostra grande e fortalecido, ele se torna um fardo grande demais para ser carregado, e aos poucos, muito precocemente por sinal, as pessoas vão o matando. Esquecem uma coisa aqui, fazem outra acolá e voilá! Mais uma vez o amor se vai.
Ele volta, e isso até consola um pouco.
O amor tem a grande habilidade de morrer e renascer, diferente em cada renascimento, mas ali, presente.
Pelo menos até o momento em que não for grande o suficiente novamente para ser carregado e as pessoas o deixem morrer novamente.
Por hora, o amor está morto, até que alguém o resolva alimentar novamente.
Até breve (?)
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