E por mais que tentemos negar, a gente sempre espera a ligação no dia seguinte. E chegamos a ensaiar as respostas, treinamos uma reação espontânea e nem um pouco surpresa, mas o telefone não toca no dia seguinte.
A gente tenta convencer a nós mesmos que a partir de agora as coisas serão diferentes, que não nos importaremos e nem esperaremos mais nada, mas ainda assim não tiramos os olhos do celular. Mas porquê diabos não me liga? Porquê não diz que repensou tudo e percebeu que nós dois juntos somos muito melhores que separados? Porquê não volta atrás e diz que se enganou?
Mas o telefone não toca, ninguém volta atrás, ninguém tenta reverter...
E olhe só, o tempo passa... Aparecem outras coisas, outras pessoas, outros ares... E assim, dia após dia, semana após semana, passamos a esperar menos a ligação, começa a fazer menos diferença, até que já não mudaria nada em nossa vida, e de repente, simplesmente paramos de nos importar.
Já não achamos que as coisas podem ser diferentes, já aceitamos que não temos tanta importância assim quanto achávamos (ou fantasiávamos), já percebemos que bem provavelmente fomos mais um, assim como Joãos, Pedros, Robertos e tantos outros que vieram antes de nós e que também não fizeram muita diferença.
E então enfim, entendemos que a ligação que não veio, não mais virá, o que não significa que seja algo necessariamente ruim.
Depois que a ligação realmente deixa de ter importância, ela já não é bem vinda e nem apreciada, a não ser que seja num daqueles dias "assim assim". Mas aí já é outra história.
Até breve (?)
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