Pular para o conteúdo principal

Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão... (♪)


E por mais que tentemos negar, a gente sempre espera a ligação no dia seguinte. E chegamos a ensaiar as respostas, treinamos uma reação espontânea e nem um pouco surpresa, mas o telefone não toca no dia seguinte.
A gente tenta convencer a nós mesmos que a partir de agora as coisas serão diferentes, que não nos importaremos e nem esperaremos mais nada, mas ainda assim não tiramos os olhos do celular. Mas porquê diabos não me liga? Porquê não diz que repensou tudo e percebeu que nós dois juntos somos muito melhores que separados? Porquê não volta atrás e diz que se enganou?
Mas o telefone não toca, ninguém volta atrás, ninguém tenta reverter...
E olhe só, o tempo passa... Aparecem outras coisas, outras pessoas, outros ares... E assim, dia após dia, semana após semana, passamos a esperar menos a ligação, começa a fazer menos diferença, até que já não mudaria nada em nossa vida, e de repente, simplesmente paramos de nos importar.
Já não achamos que as coisas podem ser diferentes, já aceitamos que não temos tanta importância assim quanto achávamos (ou fantasiávamos), já percebemos que bem provavelmente fomos mais um, assim como Joãos, Pedros, Robertos e tantos outros que vieram antes de nós e que também não fizeram muita diferença.
E então enfim, entendemos que a ligação que não veio, não mais virá, o que não significa que seja algo necessariamente ruim.
Depois que a ligação realmente deixa de ter importância, ela já não é bem vinda e nem apreciada, a não ser que seja num daqueles dias "assim assim". Mas aí já é outra história.

Até breve (?)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É dessas mulheres pra comer com dez talheres (♪)

Uma vez, quando eu era ainda mais moleque, uma certa pessoa me disse: "Rapaz, as mulheres não são todas iguais, como nada na vida é. Um Fusca e uma Ferrari, ambos são carros mas são muito diferentes um do outro. Com as mulheres é a mesma coisa, digamos que... Cada uma tem uma potência e um preço diferente, assim como os carros.". Desse dia em diante, eu passei a achar que mulheres são como carros. Ok, ok, entendi errado, mas deem-me um desconto, ainda era muito moleque quando me fizeram essa comparação. Cresci um pouco, achei que entendia mais da mulheres, e posso dizer que adquiri certa experiência com elas. Os homens tendem a se achar superiores as mulheres em um milhão de coisas, e buscam até embasamentos científicos para mostrar que elas são melhores apenas em tudo que está relacionado a cuidar do lar, dos filhos e do macho. Pobre desses homens. Mais pobre ainda as mulheres que ficam com esses homens. Mas enfim, com essa experiência que adquiri com mulheres, pude apren

“ – Porque nunca fica ninguém?

– Talvez seja por causa do seu coração aberto. – Como assim? – Ué, você não vê que as pessoas temem pessoas que amam demais? – Verdade, toda vez que enxergam meu coração eles temem, eles correm, as pessoas se assustam porque meu coração está sempre disposto a amar muito. – As pessoas temem ser amadas, elas temem o amor alheio, porque se acostumaram a amar pouco, e quem ama muito é chamado de louco. – E o que eu devo fazer, fingir que amo pouco? – Não, gritar que amam muito e esperar que o grito atinja outro coração disposto a amar em dobro. [Gustavo Pozzatti]       "Porque nunca fica ninguém?" Essa era uma pergunta que eu vinha me fazendo há um tempo, e ficava sempre na dúvida entre se era porque eu sou confuso de mais ou pareço leviano em excesso. Existe algo que faz com que as pessoas que conheço e me relaciono desenvolvam um afeto grande por mim bem rápido, e depois de um tempo, elas se vão, normalmente quando começo a abrir meu coração. Mesmo

Arrepiado, deixa o farol ligado, o vidro tá embaçado... (♪)

Tá bem frio hoje mesmo... Pois é, vamos dar uma volta? Ah, tô com preguiça... A gente sai só pra comer alguna coisa. Tô longe hoje. Eu te pego. Pega?!?? Tô brincando... Tá brincando? Que pena. Mas sério, te busco em algun lugar. Pode ser então. Onde vamos? Não sei... O Rio no frio me deixa sem ideias. Tá com fome? Não. Cerveja? Não... Hnm... Vamos então encostar o carro e ver a lagoa? Pode ser! Já parou aqui antes? Não... Lindo né? Uhum. Que bom que finalmente aceitou meu convite... Você nunca convidou... Você sempre fugia antes que eu chamasse. É... Olha pra mim... Fala. Me beija. "Dentro do carro, O cinto já tá de lado, O rádio tá ligado, Aumenta o ar condiconado..." Eu gosto dessa música. Eu também. Bem sugestiva. Verdade. Eu acho q... CALA A BOCA! "Arrepiado, Deixa o farol ligado, O vidro embaçado, O banco ta encostado." Pera, tá muito calor. Você não estava reclamando do frio? Mas agora tô suando. Tira a camisa... Não, as pessoas lá fora podem ver. Com esses vi